Os cinco primeiros da Prótese: o que eles contam?

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Paulo Rossetti destaca os cinco trabalhos mais citados em periódicos internacionais de Prótese Dentária e o que eles contam.

Na coluna passada, eu toquei neste assunto. Saiu a lista dos 100 trabalhos mais citados em periódicos internacionais de Prótese Dentária, entre 1951 e 2019. Esta lista contém muitos papers interessantes e alguns até em posições surpreendentes. Ela serve para entender a evolução do raciocínio, para onde a Prótese Dentária estava caminhando até à chegada dos implantes dentários.

Lógico, vocês estão curiosos. A lista é muito boa. Mas quem são os cinco primeiros e o que eles contam? Confira:

O número 1: Per-Ingvar Brånemark, em 1983, descreveu todo o trabalho de desenvolvimento experimental até observar a osseointegração. Curiosidades importantes: uma lista de referências sobre ciência básica e o agradecimento especial ao Sr. Viktor Kuikka, o homem que pilotava o pequeno torno Schaublin 70 (há uma foto deste equipamento no livro em homenagem aos 50 anos da Osseointegração, que a VM Cultural produziu aqui no Brasil).

O número 2: opa! Não é sobre Prótese, mas, sem ela… Estamos falando da saliva! Se você quiser se tornar um craque em composição, fluxo e função, pegue esta carona. É fato: antes dos implantes dentários, próteses totais também dependiam muito da película salivar para gerar adesão/coesão. Não foi uma “Odisseia no Espaço”, mas este artigo saiu em 2001.

O número 3: aqui, outro trabalho clássico estudando as variações de temperatura em função da fresagem/osteotomia. Foi criado um dispositivo especial que analisava diretamente e microscopicamente os resultados, usando-se temperaturas de 47ºC e 50ºC, por um e cinco minutos, com o motor girando em 2.000 rpm. De 1983. Recado básico? Trate o osso com carinho!

O número 4: este é o artigo de cabeceira de TODOS os protesistas, aquele que nos conta a história de reabsorção (25 implacáveis anos) dos rebordos alveolares em função das próteses totais clássicas. Aqui, aprendemos que na região anterior a mandíbula sofre quatro vezes mais redução do que a maxila, que o reembasamento deveria ser periódico e anual, que a relação entre o ângulo mandibular e a taxa de reabsorção era inversamente proporcional. De 1972, quando ter um PC e falar por aplicativo ainda era impossível.

O número 5: esse é de 2003 e aponta por que os implantodontistas deveriam pensar em conjunto com os protesistas: taxa de complicações. Mensagem principal: previa-se que as próteses sobre implantes trariam mais complicações do que qualquer outra modalidade de prótese sobre dentes. Eles estavam errados? Não! Tiremos o chapéu, cavalheiros.

Mais um, mais um…

O número 6 fala sobre a necessidade de mudar os protocolos de adesão para cerâmicas de alta resistência. E, sim, este trabalho também deu novos rumos à estética!

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