Você, protesista, não precisa ser um expert em Periodontia. Mesmo? Sim, mas precisa prestar atenção. A base de tudo na Odontologia é a Periodontia, principalmente quando você “desmonta” próteses extensas. Obviamente, você vai conversar com o seu amigo/amiga periodontista, correto? Objetivo? Harmonizar as distâncias biológicas.
Então, olho vivo nos cinco aspectos abaixo:
- Localização/frequência de cárie cervical/radicular: pacientes com reabilitações orais antigas, normalmente, possuem muitos dentes preparados. Com o passar do tempo, a habilidade manual e a frequência de higienização diminuem. Também, os hábitos alimentares mudam (leia-se: o consumo de doces aumenta). Como as margens dente/restauração não são à prova de tudo, então encontraremos cáries em extensões/graus variados. Isto também pesará nos dois lados da balança: “estender as margens do preparo” versus “resultado estético”.
- Necessidade de cirurgia de “interface alvéolo-restauração”: principalmente na região anterior. Ou porque no projeto inicial os dentes estavam “colados” (apinhamento, giroversão, mau posicionamento) e não receberam o desgaste adequado para coroas totais, ou porque esta cirurgia não foi realizada. Daí, a sequência de moldagem, prova da infraestrutura, cimentação e controle ficarão impossíveis. Afinal de contas, “personalização de escova interproximal” tem limite.
- O posicionamento/quantidade de mucosa queratinizada: especialmente se um freio ou brida molesta a margem do pilar estratégico.
- Defeitos no rebordo: outra observação comum variando nas classificações de Seibert. No passado, estes defeitos eram compensados por gengiva artificial (principalmente com prótese parcial removível/prótese parcial fixa).
- Recessões gengivais: com frequência, por excesso de contorno nas margens ou escovação traumática.
E, para saber como seu periodontista pode resolver estes problemas, acesse o Mentor Odonto:
Autor
Paulo Rossetti
Editor científico de Implantodontia da ImplantNews.
Orcid: 0000-0002-0868-6022.