A região posterior de maxila pode apresentar com frequência, algumas situações que se tornam verdadeiros desafios para nós, implantodontistas. Por ser uma área anatomicamente complexa, pois temos a presença do seio maxilar e também da tuberosidade, muitas vezes não encontramos uma quantidade e qualidade ósseas suficientes para a ancoragem dos nossos implantes.
Os caminhos para vencermos estes desafios da região posterior de maxila são muitos, como: a elevação do assoalho do seio maxilar (que é a mais conhecida delas), osseodensificação, implantes zigomáticos, implantes curtos e implantes inclinados. Escolher uma destas soluções pode não ser tão simples e a combinação de várias destas técnicas acaba sendo a melhor solução.
A fim de discutirmos melhor esta questão de implantes na região posterior de maxila, eu trago hoje aqui no nosso espaço, um caso clínico bastante interessante onde foi utilizado a combinação de algumas das técnicas que citamos no parágrafo anterior. As figuras 1 a 6 descrevem o caso.
Após uma avaliação minuciosa do caso, optamos pela reabilitação da área dos molares 26 e 27 em etapas. Inicialmente realizamos a exodontia destes elementos e a preservação alveolar dos mesmos, através do preenchimento dos alvéolos com um enxerto ósseo (Extra – Graft – Implacil De Bortoli – São Paulo – Brasil).
Após a análise da tomografia de 6 meses do enxerto, optamos pelo uso combinado de algumas técnicas para a colocação dos implantes. Devido a baixa qualidade óssea, selecionamos implantes com câmaras de cicatrização (Maestro Cone Morse – Implacil De Bortoli – São Paulo – Brasil) que possuem uma melhor adaptação ao osso esponjoso. Além disso, foi realizado o levantamento atraumático do seio maxilar na região do 26 e a inclinação de um implante na região do 27, para explorar a região da túber. (Figuras 4 e 5)
A reabilitação da região posterior de maxila pode ser realizada de várias maneiras conforme a habilidade, experiência clínica e preferências do operador. O uso de implantes com câmaras de cicatrização, que melhoram a adaptação do osso junto ao implante, combinado com técnicas de enxertos ósseos, pode melhorar consideravelmente os resultados de nossas reabilitações implantossuportadas nesta região posterior de maxila.
“Todos os que querem viver a vida cristã unidos com Cristo Jesus serão perseguidos. Porém as pessoas más e fingidas irão de mal a pior, enganando e sendo enganadas. Quanto a você, continue firme nas verdades que aprendeu e em que creu de todo o coração. Você sabe quem foram os seus mestres na fé cristã. E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3: 12-15)
Marco Bianchini
Professor titular das disciplinas de Periodontia e Implantodontia do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); autor dos livros “O Passo a Passo Cirúrgico na Implantodontia” e “Diagnóstico e Tratamento das Alterações Peri-Implantares”.
Contato: bian07@yahoo.com.br | Instagram: @marcoaureliobianchini | @bianchini_odontologia