IN 2015: cinco anos depois, é preciso apostar mais

IN 2015
Um torno como esse, operado pelo Sr. Viktor Kuikka, fez um dispositivo que potencialmente mudaria tudo.
Paulo Rossetti faz uma reflexão sobre o poder de cada ser humano, relembrando os feitos de Per-Ingvar Brånemark, homenageado no IN 2015.

“O que fizermos por nós, morrerá conosco. O que fizermos pelos outros e pelo mundo, permanecerá imortal” – Albert Pike

“Eu prefiro ter perguntas que não podem ser respondidas do que ter respostas que não podem ser questionadas” – Richard Feynman

Quarta-feira, 30 de setembro de 2020. Há cinco anos, a VMCom iniciava suas homenagens pelos 50 anos de Osseointegração, que coincidia com o congresso IN 2015. Per-Ingvar Brånemark havia falecido em 20 de dezembro de 2014. E, no meio deste processo, os conteúdos do livro “50 Anos de Osseointegração – Reflexões e Perspectivas” eram pensados e editados por mim e pelo meu amigo de grandes aventuras e percalços, o Prof. Wellington Cardoso Bonachela.

Hoje, a reflexão é sobre o poder de cada ser humano. Somos um conjunto de músculos, ossos e pele, mas também regidos por uma caixa de neurônios. Somos a única espécie com o maior nível de comunicação do planeta. Mas, também somos capazes de destruir em segundos o que conquistamos em anos.

Mais incrível ainda deve ter sido o momento em que Per-Ingvar Brånemark pediu ao homem que operava o torno (que é a capa deste post e abre o livro), o Sr. Viktor Kuikka, para fazer um dispositivo que potencialmente mudaria tudo. De posse de um Schaublin 70, com a tecnologia da época e o material recomendado, surgia uma solução.

Tudo tem um rascunho, nenhum sucesso é imediato. A ideia do Prof. Per-Ingvar gerou uma microempresa. Mas, como na época ele era um homem muito além do seu tempo, quase ninguém deu muita importância, as dívidas aumentaram e o momento de abandonar o sonho esteve perto. Nem o implante dentário e nem o kit de cirurgia: a filosofia moderna da Osseointegração estaria condenada. Ou, quem sabe, adiada por uns 20 anos…

Ninguém da geração atual consegue entender isso porque as redes sociais se tornaram um grande megafone para teste e lançamento de novos produtos: seu produto é bom, mas você não tem dinheiro? Faz um crownfunding! Você não tem dinheiro para mídia? Faz um vídeo caseiro e põe no YouTube! Você não tem mala-direta? Comece pelo Facebook! Você não pode alugar uma sala? Faça uma live no Instagram! E, se não der certo, você simplesmente desiste?

Todo mundo pode empreender. Então, com quem você vai conversar na fila do pão para chegar ao produto certo? E, amanhã, ajeitem suas gravatas!

Um forte abraço!

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