Você lê trabalhos científicos e clínicos? Ao abrir uma revista (impressa ou eletrônica), todo leitor deveria refletir sobre três perguntas:
1- O que seria interessante saber?
Revistas possuem conteúdos variados. Mas, naquele momento, a sua necessidade é específica.
2- O que eu preciso ler primeiro para aproveitar na minha clínica?
Sim, pois o tempo é um bem precioso.
3- Quais lições eu vejo com isso?
Sempre é possível extrair algo e não necessariamente no corpo do texto, mas das imagens ou, muitas vezes, até da lista de referências. Acredite.
As respostas às três perguntas acima, obviamente, dependem:
- Do orientador: experiência e resiliência. Transcrever informação é parte do processo, mas ter opinião crítica faz toda a diferença;
- Dos autores: proatividade para montar todas as etapas e chegar ao final do processo;
- Da documentação selecionada: exames e imagens mandatórias e em ordem cronológica. Não desafie a lógica, tampouco o senso crítico do leitor;
- Da didática: regra básica – quando a legenda não corresponde ao conteúdo, algo está errado ou mal interpretado.
Você escreve trabalhos científicos ou clínicos? Ao fazer uma reunião para começar um texto, pensando na melhor experiência do usuário (leitores e leitoras), é interessante usar o estilo jornalístico básico, que considera o tempo e a informação mínima sem perder a descrição precisa dos fatos:
Quem: idade, sexo, raça?
Onde: faculdade, consultório particular?
Por quê: situação no momento da chegada (queixa principal, documentação clínica e radiográfica mínima, desejos do paciente).
Como: procedimentos adotados (cirúrgicos, protéticos etc.).
Os quatro itens acima são campeões de audiência que sempre serão verificados por todo editor de conteúdo. A máxima: autores bem informados geram leitores bem informados.
Paulo Rossetti
Editor científico de Implantodontia da ImplantNews.
Orcid: 0000-0002-0868-6022.