Lamentamos informar o falecimento de Hugo Trevisi, um dos grandes nomes da Ortodontia brasileira e mundial, aos 72 anos. O professor estava internado desde o dia 3 de dezembro de 2020 em decorrência da Covid-19, mas não resistiu a uma insuficiência respiratória e faleceu nesta segunda-feira (11/1/2021), deixando esposa, três filhos e netos.
Natural de Lins (SP), Hugo Trevisi viveu grande parte de sua trajetória profissional em Presidente Prudente (SP), onde lecionou e, posteriormente, fundou um centro de estudos ortodônticos. O professor foi responsável pela formação de centenas de ortodontistas, especialmente com foco na técnica Straight Wire, entre as décadas de 1980 e 1990, quando coordenou cursos para brasileiros nos Estados Unidos.
Além do sucesso acadêmico, Hugo Trevisi é uma referência na Ortodontia internacional. Em 1997, ao lado de Richard McLaughlin e John Bennett, desenvolveu oficialmente o sistema MBT, para aparelhos pré-ajustados, em uma técnica que foi difundida no mundo todo:
Com filosofia própria e uma prescrição com maior controle sagital (torque) posterior de pré-molares e molares, Hugo Trevisi e colegas redesenharam o sistema de braquetes, levando em consideração os resultados promissores de pesquisas japonesas. Era a terceira geração do sistema de braquetes pré-ajustados, que aproveitou o que havia de melhor nos sistemas originais e introduziu uma gama de aprimoramentos e alterações nas especificações para solucionar os problemas clínicos, com base científica e anos de experiência clínica.
O sucesso com o sistema MBT fez com que Hugo Trevisi se tornasse um representante de destaque da Ortodontia brasileira no cenário internacional, participando de eventos da especialidade em todos os continentes.
Nas redes sociais, colegas, alunos e admiradores homenagearam o professor. “A excelência perde um dos seus maiores membros”, publicou o ortodontista Marcos Janson. “Hugo Trevisi deixará muitas saudades pela simplicidade e humildade no trato e riquíssimo conhecimento compartilhado. Suas obras o eternizarão em nossos corações e nas nossas aplicações clínicas diárias”, finalizou o também ortodontista Marlos Loiola.