Empreendendo em Implantodontia

Uma das atividades mais difíceis de se exercer no Brasil é a de ser empreendedor. Não importa qual seja a sua área de atuação, a arte de empreender exige um esforço quase que sobrenatural no nosso país. Isto ocorre, principalmente, por uma única razão: o “custo Brasil” é muito alto. Mas o que seria este “custo Brasil”? A resposta é simples: “custo Brasil” são todos os entraves governamentais burocráticos, com taxações exageradas de impostos, que atormentam a vida de quem quer abrir o seu próprio negócio. Avaliando este “custo Brasil”, será que ainda vale a pena empreender no Brasil?

Antes de responder a esta questão, vamos entender bem o que significa ser empreendedor e qual o real sentido da palavra empreendedorismo. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) define o Empreendedorismo como a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.

Já na Wikipédia encontramos um conceito um pouco mais realista: Empreendedorismo é o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes. É um termo bastante usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos. O empreendedorismo está muito relacionado com a questão de inovação, na qual há determinado objetivo de se criar algo dentro de um setor ou produzir algo novo.

Entendido o significado de Empreendedorismo, vamos então descobrir quem é o ser denominado empreendedor? Pesquisando no Google, encontrei várias denominações para a palavra Empreendedor. A que mais gostei está na Enciclopédia Significados que diz: Empreendedor é aquele que toma a iniciativa de empreender, de ter um negócio próprio. É aquele que sabe identificar as oportunidades e transformá-las em uma organização lucrativa. O empreendedor é aquele indivíduo que é criativo, inovador, arrojado, que estabelece estratégias que vão delinear seu futuro.

Nós, cirurgiões-dentistas, que temos nossos próprios consultórios, já somos empreendedores por natureza. Por menor que seja o nosso negócio odontológico, se somos o dono, nos tornamos imediatamente empreendedores. Seja atuando na Implantodontia ou em qualquer outra especialidade, um cirurgião-dentista está diariamente exercendo a sua capacidade de empreender, mesmo que faça isso inconscientemente.

Para ser um empreendedor em Odontologia, mais especificamente na Implantodontia, você não precisa necessariamente ter aquele fogo inovador, que vive percebendo oportunidades de lucro. Você também não precisa ser tão inovador, criativo ou arrojado. Se você conhecer bem o seu produto (no caso, os implantes) e conhecer bem quem vai comprá-lo (no caso, os seus pacientes), você vai certamente montar boas estratégias de empreendedorismo para que estes potenciais clientes possam vir a comprar o seu produto.

Seguindo essa linha de raciocínio, a minha resposta para a pergunta se vale a pena ser empreendedor no Brasil é: sim, vale muito a pena, apesar das dificuldades. O mercado de consumo do Brasil é muito poderoso e reage muito rapidamente as crises. O brasileiro é “comprador” por natureza. Está no nosso DNA ir ao shopping, e essa tendência se faz presente também na Odontologia. Sendo assim, acredito que vale muito a pena abrir o seu próprio negócio em Odontologia (ter consultório próprio), desde que se tome algumas simples decisões para empreender com sucesso.

É justamente sobre estas decisões bastante simples, para se tornar um bom empreendedor, que eu vou falar a partir da próxima semana. A ideia é utilizar a minha experiência em ter consultório próprio para estimular os colegas a abrir o seu próprio negócio ou aumentar um pouco o seu espaço que já está funcionando bem. O segredo é “abrir a lojinha”.

“Quem fica esperando que o vento mude e que o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada.” (Eclesiastes 11:4)

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